Montage of Heck, mostra um Kurt de outra perspectiva. De modo geral, estamos acostumados a ver um Kurt ídolo, ou o Kurt monstro. O compositor ou o drogado. É uma personalidade tão dual como qualquer outra grande figura clássica do Rock ‘n’ Roll. Assistindo o filme, é possível perceber que houve um cuidado para que outras visões fossem contempladas nele, mesmo que sutilmente.
Então vemos ali algo que não estamos tão habituados. O Kurt pai, um homem obviamente não pode ser chamado de “comum”, devido a uma série de fatores, como seu comportamento, sua rotina, exageros e vícios, entretanto, pode ser visualizado - permita-me dizer, como qualquer outra pessoa, alguém com qualidades e defeitos, dos quais o último se sobressaem.
Penso, que a exibição disso é importante, para que sua imagem não seja desvalorizada como bem fez a mídia na época - de modo geral, mas que também não seja hipervalorizada, tendo em vista que muitos tendem a vê-lo como algum tipo de herói - de algum modo, algo que definitivamente ele mesmo não aprovaria.
Suas visões inspiraram os anos 90. Ele, sua música e seu estilo, foram os porta-vozes de um espírito desta referida década. Um certo teen spirit, que foi capaz de influenciar a música, a visão, a moda, a arte e até mesmo a mídia. Mesmo não gostando e não querendo rótulos e títulos, Kurt conseguiu influenciar e muito seu tempo.
Podemos dizer que mesmo com artes diferentes, ele se aproxima muito do que Lennon fez. John era alguém que levava a sério sua arte, sua visão, princípios, militância e até mesmo seu modo político de ser, com certeza levantava uma vontade de mais jovens protestarem e levar adiante suas causas, fazendo valer suas vozes.
Não apenas Kurt, mas o que ele ajudou a criar, sua banda, o Nirvana, derrubaram barreiras, mostraram sua revolta e rebeldia, mas de outra forma. Se antes, nos anos 60, John mostrara uma “revolta consciente”, contra a guerra, a favor da paz e amor, O Nirvana com seu anti heroísmo, contracultura, desilusão com a fama e revolta com a mídia em geral, mostravam cada vez mais o grito jovial dos 90’s.
Eles definitivamente não queriam ser como Guns N' Roses, a banda a derrubar Michael Jackson das paradas de sucesso e que só foi derrubada de lá pelo Nirvana. É claro que não! Cobain falava em alto e bom som para todos que quisessem ouvir, que não aprovava as atitudes e certas ideologias desta banda contra minorias, em especial imigrantes.
Obviamente por sua história de vida, Kurt não aprovaria nada disso. A separação dos pais, o abandono, viver de casa em casa, as constantes humilhações e bullying na escola, que chegaram a lhe fazer largar os estudos, só foram abrandadas no infeliz vício das drogas e do Punk Rock, que posteriormente foi elevado a Grunge, não só um estilo musical, mas “de vida” inclusive.
Ao encontrar o alento na “música suja”, o peso e a distorção Kurt se encontrou.. Sonoridades, timbres, explosão, feeling, microfonia, energia, expressão, ultrapassa em muito o simples virtuosismo técnico. Muito além de um 'digitador', Cobain colocava muita alma em sua música, assim como sua banda, em suas convicções e em sua Arte! Como o guitarrista Steve Vai, bem reconheceu recentemente. De fato, "tocar como o Kurt não é tão fácil assim", - como se acredita.
Onde Kurt se perdeu, sabemos, foi nas drogas. A mesma narrativa da história das grandes estrelas do Rock, até mesmo na idade. A heroína, as dores de estômago, a pressão, a filha, as constantes e humilhantes notícias na mídia, a vida que levava de exageros, hiperatividade o levaram ao fim.
Montage of Heck, passa por cima de certas teorias de conspirações, que tiveram fortes motivos e indícios para aparecerem, mas que fizeram parte da névoa que sempre encobre uma figura deste porte. Talvez este seja um dos mais importantes filmes sobre o Kurt e Nirvana, com a produção executiva de sua própria filha, Frances.
Referências:
Fábio Fleck;
Cobain Montage of Heck 2015- full movie;
Penso, que a exibição disso é importante, para que sua imagem não seja desvalorizada como bem fez a mídia na época - de modo geral, mas que também não seja hipervalorizada, tendo em vista que muitos tendem a vê-lo como algum tipo de herói - de algum modo, algo que definitivamente ele mesmo não aprovaria.
Suas visões inspiraram os anos 90. Ele, sua música e seu estilo, foram os porta-vozes de um espírito desta referida década. Um certo teen spirit, que foi capaz de influenciar a música, a visão, a moda, a arte e até mesmo a mídia. Mesmo não gostando e não querendo rótulos e títulos, Kurt conseguiu influenciar e muito seu tempo.
Podemos dizer que mesmo com artes diferentes, ele se aproxima muito do que Lennon fez. John era alguém que levava a sério sua arte, sua visão, princípios, militância e até mesmo seu modo político de ser, com certeza levantava uma vontade de mais jovens protestarem e levar adiante suas causas, fazendo valer suas vozes.
Não apenas Kurt, mas o que ele ajudou a criar, sua banda, o Nirvana, derrubaram barreiras, mostraram sua revolta e rebeldia, mas de outra forma. Se antes, nos anos 60, John mostrara uma “revolta consciente”, contra a guerra, a favor da paz e amor, O Nirvana com seu anti heroísmo, contracultura, desilusão com a fama e revolta com a mídia em geral, mostravam cada vez mais o grito jovial dos 90’s.
Eles definitivamente não queriam ser como Guns N' Roses, a banda a derrubar Michael Jackson das paradas de sucesso e que só foi derrubada de lá pelo Nirvana. É claro que não! Cobain falava em alto e bom som para todos que quisessem ouvir, que não aprovava as atitudes e certas ideologias desta banda contra minorias, em especial imigrantes.
Obviamente por sua história de vida, Kurt não aprovaria nada disso. A separação dos pais, o abandono, viver de casa em casa, as constantes humilhações e bullying na escola, que chegaram a lhe fazer largar os estudos, só foram abrandadas no infeliz vício das drogas e do Punk Rock, que posteriormente foi elevado a Grunge, não só um estilo musical, mas “de vida” inclusive.
Ao encontrar o alento na “música suja”, o peso e a distorção Kurt se encontrou.. Sonoridades, timbres, explosão, feeling, microfonia, energia, expressão, ultrapassa em muito o simples virtuosismo técnico. Muito além de um 'digitador', Cobain colocava muita alma em sua música, assim como sua banda, em suas convicções e em sua Arte! Como o guitarrista Steve Vai, bem reconheceu recentemente. De fato, "tocar como o Kurt não é tão fácil assim", - como se acredita.
Onde Kurt se perdeu, sabemos, foi nas drogas. A mesma narrativa da história das grandes estrelas do Rock, até mesmo na idade. A heroína, as dores de estômago, a pressão, a filha, as constantes e humilhantes notícias na mídia, a vida que levava de exageros, hiperatividade o levaram ao fim.
Montage of Heck, passa por cima de certas teorias de conspirações, que tiveram fortes motivos e indícios para aparecerem, mas que fizeram parte da névoa que sempre encobre uma figura deste porte. Talvez este seja um dos mais importantes filmes sobre o Kurt e Nirvana, com a produção executiva de sua própria filha, Frances.
Referências:
Fábio Fleck;
Cobain Montage of Heck 2015- full movie;
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