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Photograph - Ed Sheeran

É cada vez mais difícil e distante um momento de parada. De parada de tudo. Onde o olho consegue parar no espelho ou na tela e com calma, respirar leve e consigo expor a catarse, momento ímpar para qualquer um que de algum modo queira, possa e consiga o colocar, com extrema liberdade, sem necessidades de estilísticas ou qualquer arrojo mais requintado e ao mesmo tempo muito fidedigno ao momento. Só pelo simples prazer de depositar a cada instante toda e qualquer palavra que saia da mente no presente momento de uma escrita para criar uma tentativa de escrita descritiva. É muito bom identificar isso em um autor, que é um fator que prende e muito a leitura. A narrativa construída aos passos, mas sem pretensões iniciais. Com objetivos que são construídos apenas durante o ato de os colocar. É como tocar uma música de improviso, digamos com inspiração, mas não um improviso superficial, uma descrição.  Resolvendo imitar ou quase, uma “análise musical”, revi Photograph, que mais do que um
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Elis

O soro catártico "Elísico" continua sendo impressionante. É difícil entender como ela conseguiu deixar essa música tão grande. Nenhum outro intérprete consegue repetir. É pegar uma letra sensacional do Belchior, em um arranjo excepcional do César Camargo Marino, com uma interpretação inigualável da Elis. Exatamente o contrário do que ocorre hoje. Para ouvir algo assim, só recorrendo mesmo ao passado. Se essa tríplice perfeição já era praticamente impossível antes, hoje então não é preciso nem dizer. Essa é sem dúvida a arte musical em essência.

Montage Of Heck

Montage of Heck, mostra um Kurt de outra perspectiva. De modo geral, estamos acostumados a ver um Kurt ídolo, ou o Kurt monstro. O compositor ou o drogado. É uma personalidade tão dual como qualquer outra grande figura clássica do Rock ‘n’ Roll. Assistindo o filme, é possível perceber que houve um cuidado para que outras visões fossem contempladas nele, mesmo que sutilmente. Então vemos ali algo que não estamos tão habituados. O Kurt pai, um homem obviamente não pode ser chamado de “comum”, devido a uma série de fatores, como seu comportamento, sua rotina, exageros e vícios, entretanto, pode ser visualizado - permita-me dizer, como qualquer outra pessoa, alguém com qualidades e defeitos, dos quais o último se sobressaem. Penso, que a exibição disso é importante, para que sua imagem não seja desvalorizada como bem fez a mídia na época - de modo geral, mas que também não seja hipervalorizada, tendo em vista que muitos tendem a vê-lo como algum tipo de herói - de algum modo, algo

Música ou Arte?

Penso que a música está dentro da arte, mas ela não é apenas arte. Mesmo estando dentro dela, trata-se de um conceito próprio, emancipado e autônomo. Ou seja, para ser música, necessariamente precisamos dos elementos técnicos, uma vez que, sem estes não temos música da maneira organizada. Quanto ao canto gregoriano, justamente não creio que pode ser considerado música e sim canto, precisamos separar a música da canção, da poesia e até mesmo do canto. Canto dentro da métrica da melodia e até mesmo harmonia, pode ser um elemento, mas não o "definidor" da música. Quando falamos em qualidade e afinação, ai a discussão torna-se subjetiva, pois na verdade, a pergunta é: Qualidade para quem? Ai trata-se de gosto e percepção própria! No quesito técnico, temos que sem alguns pré-requisitos não temos música, mas continuamos tendo arte, pois a arte sim é extremamente subjetiva e perceptível de maneira individual, tocando cada um de uma maneira diferente. Evidentemente temos também